POPULAÇÃO DE CEPÕES AFLITA
A transferência, para Viseu, de um médico que dava consultas na Extensão de Saúde de Cepões deixou a população preocupada.
O presidente da junta teme que seja o princípio do fim. Um dos três médico,s que prestava serviço na extensão de saúde da freguesia de Cepões, foi transferido para o Centro de Saúde Viseu 2, que fica no centro da cidade.
O presidente da junta, Amaro Carreira, lamenta que ele, e principalmente a população, não tivessem sido avisados. "Ouvimos que o senhor doutor ia sair e, passados uns dias, já estava a dar consultas em Viseu", refere o autarca. Amaro Carreira diz que a junta sempre colaborou nas obras que era necessário fazer, na Casa do Povo, chegando a colocar aquecimento central. "Agora, de um momento para o outro, estamos nesta situação". Lembra que a extensão de saúde serve seis mil pessoas, de três freguesias, Cepões, Cota e Barreiros, "que ficam agora entregues a dois médicos apenas".
O presidente da junta espera que este não seja o primeiro passo para, daqui a uns tempos fecharam em definitivo o posto médico. "Primeiro, fecharam as escolas, agora a extensão de saúde. Qualquer dia tiram tudo e o melhor é riscarem Cepões do mapa de Portugal", desabafa o autarca. O fecho da extensão de saúde é uma situação que o coordenador da Sub-Região de Saúde de Viseu nega que "alguma vez tenha passado pela cabeça de alguém". Justifica a saída de um médico com uma boa gestão dos recursos humanos. Segundo as contas de José Carlos Almeida, no Centro de Saúde Viseu 2, onde há 23.018 inscritos, o rácio por médico é de 1.570 utentes. Em Cepões, quando estavam três médicos era de 938 utentes, e passou para 1407, com a redução para dois clínicos. "A situação anterior não podia continuar, pois não estava a ser feita uma correcta gestão dos recursos humanos. O terceiro médico estava lá a mais", refere o coordenador da sub-região de saúde. José Carlos Almeida recorda que o número de utentes que cada médico poder ter é entre 1.500 e 1.800.
Quanto à continuidade da Extensão de Saúde de Cepões, garante que "é para continuar, mas com uma boa gestão de pessoal, pois até tem uma farmácia".
